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ilustração: Irizs Agocs
Quando chovia, Aninha levava seu guarda-chuva para fora de casa, colocava-o de cabeça para baixo e ficava lá guardando a chuva.
Afinal, não é essa a função de um "guarda-chuva"? Os adultos não entendem nada, pensava ela. A chuva para Aninha era mistério, água que desfaz e refaz o mundo.
Sentia a água tocar seu rosto e amarrotar os seus cabelos. Não tinha medo da chuva. Gostava do tremelicar das gotas em sua pele.
Depois de guardar um tanto de chuva, chegava perto para escutá-la. A chuva escondia segredos que Aninha ouvia com os olhos. Ria ao ouvir histórias de outros ventos e estrelas. Por vezes se emocionava com as histórias de outros olhos.
No fim, sentia a ausência da chuva... e tentava redescobri-la no tintilar de gotas das árvores, telhados, frestas e nas águas guardadas do caminho.
Na chuva sentia-se perto do céu.
Afinal, não é essa a função de um "guarda-chuva"? Os adultos não entendem nada, pensava ela. A chuva para Aninha era mistério, água que desfaz e refaz o mundo.
Sentia a água tocar seu rosto e amarrotar os seus cabelos. Não tinha medo da chuva. Gostava do tremelicar das gotas em sua pele.
Depois de guardar um tanto de chuva, chegava perto para escutá-la. A chuva escondia segredos que Aninha ouvia com os olhos. Ria ao ouvir histórias de outros ventos e estrelas. Por vezes se emocionava com as histórias de outros olhos.
No fim, sentia a ausência da chuva... e tentava redescobri-la no tintilar de gotas das árvores, telhados, frestas e nas águas guardadas do caminho.
Na chuva sentia-se perto do céu.
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