segunda-feira, 6 de abril de 2009

A Fazenda do meu bisavô


Foto: Ana Dantas

São muitas as lembranças doces que guardo da fazenda do meu bisavô...

Eu cresci entre o verde da fazenda,
entre a zebra, o elefante e animais coloridos de lá.
A subida nas árvores, o comer milho queimado com o meu irmão
na fogueira improvisada do fim de tarde.
A escalada no morro, a subida no telhado,
pegar cenoura na horta, galopar com os cavalos,
o banho de cachoeira, a visita das araras,
todas as crianças gritando para o macaco do açude:
"Macaco de bunda vermelhaaa!"
O macaco correndo atrás da gente,
a charrete com a gente em cima,
o salão de jogos e as brincadeiras,
o banho de piscina,
o olhar para as estrelas,
a sessão de filme noturna,
assistir as escolas de samba enrolados no edredon,
a bagunça do quarto dos primos: "Gato Mia!"
Chupar jabuticaba do pé da árvore, comer a goiaba amarela e bichada,
a pitanga amarga da árvore que eu já alcançava!
Flores, eu colocava no cabelo.
`As vezes, ia ver as rãs nos poços, os porcos rosados
e os pintinhos correndo pela terra seca.
E tinha também a pesca no açude,
o dar capim para a Rosa,
que com a sua tromba enrugada e macia
molhava a gente com água.
A comidinha caseira da horta,
o tobogã da piscina, a família junta,
a farra dos primos,
comer lentinha e pular com o pé direito do sofá
na passagem do ano.
O friozinho da serra, a música da natureza
e a certeza de que, sim,
a vida faz muito sentido.

Um comentário:

Crisss disse...

Falaaa Totonhaaaa!
Primeiro, parabéns pelo blog, está lindo!! É uma ótima forma de se expressar!
E em referência a este post dizer que ir na fazenda foi uma experiência inusitada por encontrar zebras, elefantes e outros bichos "diferentes". Lá é realmente um lugar especial.
Bjao migaaaa!!!!
Crissssssssssssss