quarta-feira, 29 de julho de 2009

Borboleteando



Voltei mais uma vez daquele lugar onde se canta para o Sol. E confesso que a cura dessa vez foi um tanto dolorosa. Doía os ossos, pernas, pés, estômago tudo ao mesmo tempo em uma tempestade sem fim. Eu era pura maremoto. Queria fugir dali. A minha inconsciência tentava resistir Aquela claridade que teimava em chacoalhar o pântano interno.


Lutei e relutei contra mim mesma, mas no final cedi aos cantos, desencantos e mantos de uma tenda do suor mágica, de um fogo sagrado que me fez cinzas e de uma roda de cura que me deu aDeus ou será que foi aDeusa do Fogo?

Cheguei lá, naquela montanha, largarta... e mais uma vez volto Borboleta. E agora borboleteio por aqui, por esse espaço, ainda inebriada de amor. Amor cristal que não se explica em palavras nem borboleteios, mas se vive.

E quem disse que não dói virar borboleta?
Tem vezes que o amor é TANTO que dói.

Ilustração: Nicoletta Ceccoli

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