terça-feira, 2 de novembro de 2010

Triste



Meu coração se aperta. Mais uma vez...
Ele tenta achar uma janela, uma fresta de ar
mas só encontra paredes.


É coração... Já tem um tempo que você anda triste, cabisbaixo.
Nem o choro mais você contém.
Eu sinto a sua dor, a inflamação no peito.

Tento rir da dor e digo: ela passa.
Dor de amor...
E quem mandou ser coração tão frágil?


Você tinha medo que esse amor fosse como onda do mar.
Mas ninguém segura o mar.

E do que adianta dizer que se tem um amor
e sentir-se tão sozinho?
Sentir-se nadando contra a corrente
enquanto você quer deixar-se fluir.


Coração, vou te embalar em meus braços com canção de ninar,
te darei beijos de beija-flor até que
a sua flor (tão murcha agora)
volte a cantar.

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