terça-feira, 8 de junho de 2010

Margarida

Julia queria dizer-lhe o quanto era vidro de cristal.
Não chegue tão perto! Posso quebrar...
Ou seria ela areia que escorre entre os dedos?

Queria perder-se no céu de seus olhos,
mas receava deixar as margaridas.

As margaridas traziam-lhe o alívio do branco.

E no entanto, não era o branco todas as cores?

Ele era fulgor alumiando a noite.
Ela, margarida.

Deitou-se ao seu lado
e coloriu o seu branco.