terça-feira, 27 de outubro de 2009

A Estrela de Ana


Ana andava cansada das brigas com a mãe. Ela buscava a sua própria estrela e não qualquer luz de poste feito mariposa cega. Mas a mãe não aceitava: queria a segurança da filha. E aqueles sonhos eram muito incertos.


Ana queria seguir o seu coração e não o que outros achavam que era o melhor para ela. E ela, por vezes, se perdia com as luzes ilusórias do caminho, pois eram muitas distrações que a desviavam de sua estrela.

A mãe insistia que Ana entrasse no formato quadrado e padrão do que é considerado certo, pois isso era o seguro, o aceito pela sociedade.
Ela tentava explicar para mãe que deixando de lado seus sonhos, viraria folha seca, endurecida pelo tempo da vida. Mas a mãe não a compreendia e assim as duas eram como dois olhos que não mais se viam.

Ana era pássaro selvagem e morreria se fosse engaiolada. Ana queria fazer arte e ser a própria arte. Ela curava a si e ao mundo. Talvez tivesse que desvendar montanhas e quebrar suas asas durante esse caminho. Não se importava. Era nesse caminhar - de encontrar a estrela de dentro - que sentia-se plena.


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