quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Lua negra

Meus pés afundam nos pântanos de uma realidade sombria. Ninguém deseja a fatalidade ou a dor profunda de uma notícia sem volta. Sim, foi muito doloroso meu aniversário. Como queria que fosse como antes!

Ainda assim nas frestas do peito busco um vazio, um cantinho qualquer em que a alegria possa se adentrar. E é na dança, no samba de raiz, no requebrado do pé, dos quadris e no movimento vibrante da música que tenho buscado um sopro de vida. Pois meu coração parecia mais morto do que nunca.

A dança me traz a cor de volta ao rosto.

O mar, o sal, o sol me consolam mais uma vez.
É lá que respiro.

E você,
você me traz esperança de novos vôos:
de aventura a dois, de leveza da lua, de ventania na noite,
de abraço firme, de troca sem palavras.

De lua negra virando crescente.

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