ilustração: Irisz Agocs
Mais uma vez sinto a dor do Fim.
Tem Fim que é suave: vento cantando no rosto (esses são raros).
Fim é pausa na respiração.
É tempo de rearrumar tudo por dentro.
Tem fim que desequilibra e transborda a cachoeira dos olhos. Tem fim que tira o sono e nos revira por dentro feito maremoto. Tem fim verde-lama, cinza chuvoso e até preto desbotado.
Nem sei bem a cor desse fim...
A verdade é que só quem passa por um Fim é que sabe o tamanho do grito de dentro, a profundidade do corte no peito e quanto tempo vai precisar para pintar aquela dor com uma nova cor.
Mais uma vez sinto a dor do Fim.
Tem Fim que é suave: vento cantando no rosto (esses são raros).
Fim é pausa na respiração.
É tempo de rearrumar tudo por dentro.
Tem fim que desequilibra e transborda a cachoeira dos olhos. Tem fim que tira o sono e nos revira por dentro feito maremoto. Tem fim verde-lama, cinza chuvoso e até preto desbotado.
Nem sei bem a cor desse fim...
A verdade é que só quem passa por um Fim é que sabe o tamanho do grito de dentro, a profundidade do corte no peito e quanto tempo vai precisar para pintar aquela dor com uma nova cor.