quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Lava

Tem dias que chove aqui dentro. São gotas de lava escura que viram meu olhos do avesso e me fazem olhar para dentro. A lava lava tudo... E depois traz o vai e vem das ondas. E onda do mar nunca é igual a outra. É como sorriso de lua.

Quando mais nova tinha tudo planejado (até o final da vida! Ha ha ha!). Uma parte minha ainda acreditava em certos clichês: se tiver vários títulos terei sucesso na vida; só tenho valor através do trabalho; quando conseguir mais dinheiro estarei melhor; no futuro e sempre no futuro as coisas vão melhorar. E de que adianta tantas regras ("tem que ser assim!") se nada disso preenche o vazio que em alguns momentos se faz presente?

Não são os diplomas na parede, nem os dogmas, nem o futuro que preenchem esse espaço de dentro. Disso eu já sei. E por isso, tento buscar o indecifrável que me nutre; o ninho que me acolhe e cobre a lava escura.

Vago em busca de Flor que desabroche.

De Semente que germine o peito.

Do Respiro no silêncio.

Do Sim do infinito.

2 comentários:

Raphael Lima disse...

Que coisa boa ouvir ler sentir essa poesia de coisa viva dentro da gente que escapa pelas palavras... meus planos acabam por acreditarem que em um instante mágico tudo vai se iluminar e me deixar plenamente poetizado!

Que Amor é essa tua Alegria de blog viu Tonin!

Permaneça a poetizar tua Alegria que isso nos da um bom ar pra respirar aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Neste exato momento estou saindo pra meditar e suas palavras me calibraram "Sim do infinito."



Até

Anônimo disse...

Querida, conheci seu Blog hoje!

Me encantei!

Farei dele uma parada, um instante entre o inspirar e expirar!

beijos

maria