quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A poética de Bartolomeu



Ontem dormi sobre palavras. Palavras poéticas de Bartolomeu Campos de Queirós. Dizem que ele escreve para crianças e jovens, mas para mim ele escreve para suavizar o gosto da vida.

Mergulho no silêncio para melhor sentir a textura de sua prosa poética. Sinto um tremor no coração a cada palavra sua exalada: a mais pura essência. As frases borboletas de Bartolomeu devem ser saboreadas, apreciadas junto ao tempo.

Através de seus livros, percebo o desabrochar da flor da manhã, decifro a música infinita do céu e desperto para a sutileza da alma.

"Para um menino, assim só, os ciganos eram uma espécie de sol que acordava os afetos (...) Ele comungava a vontade de fazer-se atraído pelos ciganos e ser roubado por eles. Ah, ser roubado era o mesmo que ser amado. Ele sentia que só roubamos o que nos faz falta. E ele - como gostaria de ser a ausência, mesmo dos ciganos..."

Trecho do livro Ciganos de Bartolomeu Campos de Queirós