terça-feira, 28 de junho de 2011

Uma vida de cor

Aos vinte anos, me sentia perdida no meio da maré de discursos e tentava achar um caminho que fosse menos doloroso e que me desse todas as soluções. Ainda não sabia que enquanto não olhasse para as relações partidas que existiam dentro de mim, começando pelo meu pai e minha mãe, não teria sossego. E a relação que eu mais queria curar não era com nenhum outro, mas comigo mesma.

`As vezes, somos sensíveis e amorosos com os outros, mas com nós mesmos somos verdadeiros carrascos. Eu era assim sem perceber... E estou ainda aprendendo a me colocar no meu próprio colo e a me cuidar com delicadeza e amor.

Mas o que quero escrever aqui hoje é

Não importa o que você passou:

Ainda  é possível uma vida de cor e de equilíbrio.

E eu falo por experiência própria e por todas as curas maravilhosas que já tive e continuo tendo nesses últimos tempos. Mas para isso é importante aprender a olhar para dentro, já que estamos acostumados a olhar apenas para o mundo externo e fazemos muito pouco contato com nossas emoções.

Até o meu último respiro,
que eu possa cada vez mais ser 
o equilíbrio interior

o amor

a alegria

a leveza

as cores

 o pássaro exótico que canta em meu peito.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Inundação

Meu coração se dilacera frente a mudanças que não posso evitar. Talvez sempre tenha sido assim... Mas só agora percebo o quanto não tenho o controle do vai e vem, do inundar da vida. Queria que meu rio estivesse fluindo tranqüilo, certo de seu amanhã. Mas as itempéries insistem em inundar e chacoalhar essas minhas águas.

A meditação ajuda mas é tanto sentimento e emoção que vem a tona durante o meditar, tanta limpeza interna que agora entendo porque muitas pessoas não conseguem continuar a meditar com constância. Não é agradável se deparar com medos e sentimentos afobados que vem sabe-se lá de onde. Ainda assim, ao olhar para essa inundação sinto-me mais calma. Se a inundação tá ali o que resta fazer é esperar passar. Com amor.


E passa viu. São só emoções que se dissolvem no tempo, no amanhacer, no instante.