segunda-feira, 18 de abril de 2011

Carta a Mãe Divina

Mãe Divina,

Transforma a dor do meu coração em borboleta,
as nuvens dos meus olhos em sol.


Não é fácil estar aqui embaixo. Você mesmo sabe o quanto foi difícil para mim nascer (eu nem queria sair da barriga!). E agora que não tem mais jeito, já que aqui estou, peço que me liberte. Me liberte de tudo o que me impede de encontrar o que esqueci Ser.


Ando cansada das rodas vivas de muitas existências, dos prazeres efêmeros desse mundo que não me satisfazem. Quero a quietude do coração, o êxtase divino que só você pode me dar. Quero alegria sempre renovada, amor infinito que vem da sua fonte.

Outro dia uma amiga carinhosamente me chamou de "maluquinha" por fazer de ti, Mãe Divina amada, a busca essencial de minha vida. E eu respondi que para mim loucos são os que acreditam que vão encontrar a plenitude do lado de fora (e não dentro de si). É eu sei que não é fácil olhar para dentro e por isso muitos não o fazem. Mas é dentro que te encontramos.

E já senti como é bom estar perto de ti, Grande Mãe. Você não me engana mais com seus brinquedos e devaneios desse mundo! Sim há milhares de distrações por aqui. Mas depois de sentir um pouco do seu amor é impossível voltar atrás. Não dá! Continuo minha viagem nesse mundo de altos e baixos, de mudanças constantes, de sombra e luz, mas com o coração sempre, sempre atrás de ti.

Você não tem opção! Um dia terá que vir de vez para mim.

Ainda transborda

É... ainda me transbordam as lágrimas. E apesar de ser um caminho sem volta já consigo perceber uma força cá dentro que parecia não existir antes. Afinal, é assim mesmo a vida: efêmera, por vezes abrupta. Se esvai feito folha ao vento.

O que dói é ver seu sofrimento, suas palavras sombrias e nada poder fazer, a não ser te dar amor.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Meu ACORDE

É...
Você realmente me acordou (meu A- COR-DE).


Viajar por pequenos paraísos com você me trouxe de volta a vida.
A vida que escorria por meus dedos e pés feito chuva.
E era tanta chuva que saía de dentro!


Na sua música, no seu humor refinado
me deixei voar e virei gaivota.

Gaivota leve,
plainando,
brincando.

Por trás do seu ar de sério você é puro riso.
Adoro nadar em seus braços
e me perder em seus carinhos de girassol.



Gosto de te beijar feito vaga-lume, te abraçar em excesso, te deixar sem graça frente aos costumes do "velho continente", te fazer rir, te fazer cantar, te deixar louco. Te agarrar sem medo. Te roubar por algumas horas. Me entregar sem receio.


Você me esquenta.

Vem pra perto!
E me colore os olhos.